Entenda o segredo por trás dos reajustes.
Mateus De Sordi | Postado em |

Todos os anos aparece nos noticiários perto do final do ano (em outubro geralmente) uma noticia sobre os reajustes na conta de energia. Todo ano a ANEEL libera que as contas sofram reajustes programados no mês de outubro, algumas vezes mais de um reajuste por ano, mas você sabe o porquê de sempre ter que pagar mais na sua conta de luz? Hoje vamos te explicar como cada setor da produção de energia interfere no seu bolso. Você sabe qual a ligação entre chuva e seu dinheiro? Vem descobrir! #VemSerSmartly
Qual o motivo de tanto reajuste?
Primeiro precisamos entender como é calculada a sua conta de energia, nós já fizemos um post no nosso blog sobre isso basta clicar no link: Clique aqui para entender sua conta –>
Agora que já entendemos como é tarifada a sua energia, podemos começar a entender algum dos fatores dos aumentos sucessivos na conta de energia. A sua conta visa remunerar toda a cadeia de produção, transmissão e distribuição da energia. Além de remunerar toda a cadeia de energia, você paga os impostos e encargos setoriais da energia, ou seja, qualquer reajuste na geração até a distribuição da energia sai do seu bolso. Cada etapa recebe uma porcentagem do seu dinheiro, conforme a imagem abaixo ilustra.
Para entender melhor o impacto de cada etapa nos aumentos da sua conta, vamos separa-las de forma que fique mais simples identificar o papel e o impacto real de cada uma delas no seu bolso.
1.Geração da energia

Como podemos observar na Matriz Elétrica Brasileira de 2016 as hidrelétricas correspondem a 68,1% de toda energia elétrica produzida no país, o que traz ao Brasil destaque no uso de energia renováveis de forma majoritária com quase 82% da produção de energia vindo dessas fontes. Porém, quando as regiões onde as hidrelétricas estão instaladas estão em período de seca, a produção fica comprometida devido ao baixo volume de chuvas. Esses períodos aparecem na sua conta de energia como bandeira tarifária, ou seja, bandeira vermelha 1 é quando as nossas usinas hidrelétricas estão produzindo menos devido a falta de chuva. Devido a isso, precisamos acionar a produção por meio de termoelétricas (a carvão e derivados de petróleo) para suprir a demanda energética, o custo de operação de uma usina termoelétrica é maior do que de uma hidroelétrica.
No caso da prolongamento do período de seca nas regiões de produção hidrelétrica, o governo adotou a chamada bandeira vermelha 2, que sinaliza a necessidade de usar a geração de outras fontes de energia para suprir a demanda do país. O que acaba aumentando ainda mais o valor para os consumidores, além das bandeiras tarifárias, algumas usinas geradoras também ganharam reajustes no valor da energia produzida, o reajuste de 45,5% para 69 usinas representa um aumento de 3,86% na sua conta de energia. Estima-se que entre julho de 2018 e junho de 2019 o valor ganho por elas seja de R$ 7,944 bilhões de reais. E quem paga por isso? Você!
2.Transmissão

Conforme já falamos, a maior parte da nossa energia vem de fontes renováveis com destaque para as hidrelétricas. Só que somente produzir não adianta, é preciso transmitir para que todos os estados tenham acesso a energia. Esse serviço também precisa ser remunerado, e também sofre reajustes periódicos conforme as regras da ANEEL.
A remuneração tem total ligação com os custos dessa atividade, ou seja, caso os cabos de transmissão entre as usinas e os estados sofra qualquer tipo de dano é necessário executar obras de readequação e correção, além de custos com manutenção. A ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) mantém o relatório a respeito das usinas interligadas no SIN (Sistema Interligado Nacional) e de sistemas isolados. Para facilitar a visualização do custo de manutenção e construção das linhas de transmissão podemos olhar o mapa somente do SIN, já dá para ter uma idéia do quanto é caro manter esse sistema funcionando.
3.Distribuição

Provavelmente essa seja a etapa mais fácil de se visualizar para o consumidor, é a concessionária de energia que entrega a energia para você, ela possui custos de manutenção de rede, ampliação, correção de pontos danificados e ainda melhorias na rede. Por conta disso, geralmente é essa etapa que solicita a maioria dos reajustes para a ANEEL.
As concessionárias todos os anos em outubro recebem reajustes, para equilibrar as contas e manter os sistemas funcionando para toda a população. Devido a fatores que vão de má gestão até inadimplência dos consumidores, algumas concessionárias (como a CEB) acabam contraindo dívidas acima de dez dígitos, e tentam por meio dos reajustes equilibrar as contas. E tudo isso sai do bolso dos consumidores, que ano após ano tem que arcar com os preços elevados.
4.Impostos e encargos
E o último ponto da nossa caminhada para entender os reajustes no setor da energia é o governo, mais precisamente a carga tributária (federal e estadual). Os impostos incidem sobre o valor percentual de todo o resto, dessa forma, o aumento que acontece em qualquer das etapas que conhecemos antes é acrescida de impostos. Assim, os reajustes são maiores do que o divulgado, devido ao imposto que está relacionado ao valor final novo. Novamente afetando o bolso do consumidor final.
E qual é a solução?

Sempre terminamos mostrando que a Smartly é a melhor e mais inteligente escolha para que você tenha tranquilidade na hora de consumir energia. Mas essa semana, quem vai falar sobre isso é um cliente nosso.
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